VII Festival Yakurinxirê: Fortalecendo Mulheres através da Música e Ancestralidade
O VII Festival Yakurinxirê, realizado nos dias 6, 7 e 8 de Dezembro de 2024, celebrou sete anos de resistência, ancestralidade e protagonismo feminino na música percussiva. Criado em 2017 no Recôncavo Baiano, o festival é uma plataforma de empoderamento que reúne mulheres de diferentes territórios para celebrar a cultura afro-brasileira, a música percussiva e o fortalecimento dos direitos das mulheres. Seu nome, em iorubá, traduz-se como “Mulheres que tocam” (Yakurinxirê), e é uma verdadeira festa (Xirê) que amplia a visibilidade e a voz das mulheres, especialmente no universo da percussão.
Com mais de 100 ações realizadas ao longo de seis edições, o Yakurinxirê tem sido uma referência no cenário cultural da Bahia, gerando mais de mil oportunidades de trabalho e contribuindo para o desenvolvimento da economia local. Além disso, o festival também se consolidou como uma escola de formação percussiva para mulheres, criando espaços de aprendizado, troca e fortalecimento entre artistas, produtoras e educadoras.
A programação deste ano foi vibrante e diversificada, marcada por vivências culturais, oficinas, apresentações musicais e palestras, destacando a importância da música como ferramenta de resistência e transformação social. A abertura aconteceu no Cine Theatro Cachoeirano, com uma participação especial de Sued Nunes e uma homenagem à matriarca Dona Dalva, figura essencial para a cultura local. Nos dias seguintes, o festival tomou conta das cidades de Cachoeira e São Félix, com atividades como oficinas, palestras e shows.
O evento também promoveu o Xirê dos Saberes, um espaço dedicado ao diálogo sobre percussão, resistência e autocuidado, com palestras de Iya Maria Helena Sampaio (Afoxé Oyá Alaxé), Martha Rosa (Yakurinxirê) e Denize Ribeiro (Pró-Reitora da UFRB), mediadas por Valquíria Rosa.
A programação contou com apresentações de artistas renomadas, como DJ Serphenti, Orquestra Feminina do Recôncavo, Banda Mulheres Percussiva e o Afoxé Oyá Alaxé, além de um cortejo vibrante pelas ruas de São Félix e Cachoeira, que reforçou a presença de Oyá e das forças ancestrais. O encerramento, com o Samba de Pretas, celebrou a continuidade dessa caminhada de resistência e celebração das mulheres no universo musical.
Com sua sétima edição, o Yakurinxirê se reafirma como um espaço vital de resistência, arte, empoderamento e transformação social, ampliando as vozes de mulheres negras e criando uma comunidade unida pelo tambor e pela ancestralidade.
O festival é uma realização do Instituto Rainhas e também uma atividade de extensão da UFRB, contando com o apoio do Edital Nicinha do Samba (Proexc/UFRB), Lei Paulo Gustavo, Departamento de Cultura da Prefeitura de São Félix, Secretaria de Cultura de Cachoeira, e Cineteatro Cachoeirano. O evento contou ainda com o patrocínio da Fundação Banco do Brasil e apoio das seguintes instituições: @ufrb_edu, @prefeiturasaofelix, @prefcachoeira, @prefeiturarecife, @donadalvadosamba, @cinetheatro, @uniaosanfelixta. A cobertura ficou por conta da @tvpelourinho.
Agradecimento Especial aos Doadores
O festival também foi possível graças ao apoio fundamental da comunidade. Realizamos uma campanha no site Benfeitoria, e queremos agradecer imensamente aos doadores que acreditaram no projeto e contribuíram para sua realização. Cada contribuição foi essencial para que pudéssemos fortalecer ainda mais o protagonismo feminino e a ancestralidade no cenário cultural baiano.
O Festival Yakurinxirê abriu suas portas com uma noite de celebração e emoção. Na abertura, homenageamos a incrível Dona Dalva, um ícone de força, cultura e ancestralidade que inspira nossa caminhada.
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